segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Empresas brasileiras fazem a diferença ao enfrentar a crise

Em meio à turbulência, o país precisa apostar nos seus setores mais competitivos

A força da economia real, representada pela capacidade das empresas serem competitivas, será decisiva para o Brasil enfrentar a crise mundial sem grandes sustos. Conforme EXAME, várias companhias e setores nacionais têm grandes condições de vencer o cenário adverso. Em entrevista exclusiva a EXAME, Roger Agnelli, presidente da Vale, diz que a empresa já adotou medidas para se precaver contra a crise e, mesmo com as siderúrgicas reduzindo o ritmo de produção, ainda aposta em um reajuste de preços na Ásia.

O Brasil também é um forte candidato a liderar mundialmente o setor de papel e celulose, apesar do recente abalo nas finanças das empresas do setor. Até 2012, as empresas devem investir US$ 14 bilhões, o que levaria o Brasil à terceira posição no ranking do setor - ante a atual quinta posição. Além disso, o país conta com uma vantagem natural - o rápido crescimento do eucalipto. No agronegócio, também há exemplos de empresas bem preparadas para enfrentar os tempos difícieis, como a gaúcha SLC. Com tecnologia e fazendas espalhadas pelo Centro-Oeste e Nordeste, a empresa é considerada a mais competitiva do setor no país, e sua produtividade por hectare em algodão e soja é superior à da Argentina, por exemplo.

As concessionárias rodoviárias também ignoraram a crise nesta semana ao participarem do leilão de rodovias estaduais paulistas. O destaque foram as empresas brasileiras, que arremataram a maior parte dos lotes. Dos lotes leiloados, apenas um foi vencido por uma estrangeira - a portuguesa Ascendi, que compôs o consórcio Brasinfra com a Cibe Rodovias e arrematou o trecho leste da Marechal Rondon.


Fonte: Exame


Nenhum comentário: