domingo, 4 de maio de 2008

Seis homens, um destino

Edição 2055

9 de abril de 2008

Da safra atual de governadores vêm os melhores sinais de que há um jeito de administrar a máquina pública, com profissionalismo e menos politicagem.

Paulo Hartung, Aécio Neves, Sérgio Cabral, José Serra, José Roberto
Arruda e Eduardo Campos: contas em ordem e bons índices de popularidade.


Gestão é o "ato de gerir; gerência, administração", segundo o Aurélio. Simples? No mundo das empresas, sim. Ali, gestão é a soma dos processos que garantem a sobrevivência e a lucratividade e estabelecem os requisitos mínimos para o crescimento. Na vida pública brasileira, esse conceito esteve ausente durante quase toda a história do país. O que se vai ler aqui é a história de seis governadores que decidiram mudar isso e gerir seus estados com racionalidade e objetivos claros, criando no processo as bases do Brasil do futuro.


Esta reportagem não trata de feitos tradicionalmente alardeados pelos políticos. Seus protagonistas demitiram funcionários, interromperam obras, acabaram com regimes especiais de impostos que beneficiavam determinadas empresas ou puseram abaixo casas construídas irregularmente. Aécio Neves, de Minas Gerais, Eduardo Campos, de Pernambuco, José Serra, de São Paulo, José Roberto Arruda, do Distrito Federal, Paulo Hartung, do Espírito Santo, e Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, pertencem a quatro partidos diferentes e têm trajetórias políticas distintas. São donos de estilos pessoais até antagônicos, mas concordam em que sem gestão não há governo.

A escalação do time de governadores levou em conta o desempenho positivo deles nos seguintes itens:

• A perseguição implacável do equilíbrio das contas, com utilização de ferramentas de redução de custos e aumento de receita.
• A adoção de práticas voltadas para a qualidade do serviço, como o estabelecimento de sistemas de avaliação de desempenho, com metas e cobrança de resultados.
• A profissionalização de postos-chave, como Fazenda, Saúde, Educação e Segurança.
• A racionalização da atuação do estado, com valorização de parcerias com a iniciativa privada para atrair investimentos.
• O estabelecimento de agendas de prioridades, com planejamento estratégico.


http://veja.abril.com.br/090408/p_058.shtml

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