sexta-feira, 20 de junho de 2008

Liderança ontem e hoje

Organização pode ser compreendida como “instituição com objetivos definidos”. A simplicidade da explicação, contudo, não revela a complexidade que se oculta na gestão de pessoas. Não se enxerga a dimensão multifacetada dos processos produtivos sem vivenciar a realidade que os torna, de um lado, singular e de outro, comum.

A história possui fartos registros a respeito de se conduzir pessoas, permitindo, portanto, localizar semelhanças entre passado e presente. Técnicas de liderança, com base nos poderes, como legitimidade (autoridade da posição), persuasão racional (argumentação lógica), troca (trabalho x benefícios ou favores), pressão (avisos e ameaças), insinuação (elogios), localizam-se, inequivocamente, tanto antigamente quanto nos dias atuais.

Eis uma comparação de evidências comuns, mas e o tipo de dificuldade incomum que assola grande parte das companhias atualmente?

Se é possível evidenciar repetições de comportamentos na esfera da liderança, por outro lado, esses mesmos padrões comportamentais sofrem alterações na sua base, tornando-se mais imprevisível o seu controle. Isto é, embora o seguidor responda aos estímulos do líder, outrora e hoje, há diferenças gritantes em cada um desses períodos – fruto da visão contemporânea que possui o trabalhador.

O acesso e a exposição contínua a fontes variadas de informação culminaram numa mentalidade que, ainda desorganizada com tamanha carga de itens absorvidos, é pelo menos detentora de fragmentos “poderosos” de conhecimento, inclusive jurídico, que atraem sobre si cautela e consideração.

Então, por exemplo, se antes o chefe gritava e ficava por isso mesmo, agora um olhar atravessado, apenas, pode gerar barulho. E dos grandes. Quantos líderes se arriscam a ficar sob a venenosa mira da zarabatana, na selva de pedra profissional? Logo, a princípio, ser “bonzinho” é um modelo de liderança interessante.

Falta somente esclarecer o detalhe crucial: ser legal, sem causar resultado é uma faca de dois gumes, pois novamente o líder se vê em perigo. Dessa vez, porém, seu algoz o espreita perigosamente de cima, cujo armamento é também preocupante – a demissão. Se correr o bicho pega, se ficar...

Nada disso! Correr, sim, atrás da competência necessária e do desenvolvimento que proporciona melhor propriedade sobre a situação. Antigas questões no atual cenário da liderança podem ajudar, e bastante.

No entanto, deve-se atualizar-se e conhecer muito mais as pessoas e as formas de acompanhá-las na jornada diária, para então saber como apoiá-las e cobrar quando cada situação demandar. Quem permanecer preso apenas aos velhos rituais não alcançará os recentes recursos disponíveis.

Armando Correa de Siqueira Neto

Considerações pessoais: O tema liderança, atualmente, vem sendo muito abordado por diversos especialistas da área. Sendo um tema bastante polêmico por sinal. Acredito que ser líder é saber avaliar a característica de cada funcionário para poder corrigir as falhas e exaltar suas qualidades. Ser líder é fazer com que as pessoas que estão sobre seu comando o respeitem não pelo seu cargo, e sim por sua postura. O Monge e o Executivo de James C. Hunter, na minha opnião é um livro fantástico que aborda este tema de uma forma clara e envolvente.

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